(Autor: Carlúcio Bicudo −
registro 337631 − livro 4 A)
É época de verão!
Está na hora de
arrumarmos as malas, aprontarmos as crianças, fazer aquela vistoria básica no
carro e partir rumo ao litoral.
− Querida, já arrumou
as malas?
− Tudo pronto. Mas
vou dar mais uma olhada, para ver se não esqueci nada. Sempre acabamos
esquecendo algo.
− Só não podemos
esquecer as crianças. − disse o marido. Rsrs. Se bem que uma lua-de-mel sem as
crianças iria cair bem.
− Nem brinque com uma
coisa destas.
− É né papai, o
senhor, está querendo se livrar da gente?
− Não, que isso
filho... Só pensei uma besteirinha.
O caçulinha logo
pensou:
“Será que para o papai,
somos apenas uma besteirinha?”
− Meninos, peguem as
suas mochilas e coloquem no porta-malas. − disse a mãe.
Gabriel, logo
perguntou:
− Pai, posso levar a
minha bicicleta?
− Isso, vai atrasar a nossa
partida. − gritou Anthony.
O pai pegou a
bicicleta e amarrou-a, bem firme no bagageiro.
− Pronto! Parece que
agora podemos partir.
Todos se acomodaram no
carro e saíram.
No meio do caminho,
só se ouvia, era banda de forró.
O som já estava
irritando os meninos. Marilda nem se fala.
− Pedro, você não tem
outro CD, sem ser de forró aqui no carro?
− Por que, não estão
gostando?
Todos foram unânimes
em dizer:
− Naaãooooooo!!
− Vocês não disseram
nada. Achei que todos estivessem gostando.
Logo, tratei de
trocar o CD.
Enfim... Chegamos...
Estacionei o carro em
frente à nossa casa de veraneio.
Os meninos, logo
queriam ir direto para a praia. Nem desfizemos todas as malas.
Afinal! É verão!
Praia, cerveja, picolé, camarão no espeto, água de coco e outras porcarias a
mais... Há... Há... Há...
Nem bem a minha esposa
havia estendido a toalha para deitar... Aproximou um cachorro, que não sei de
onde surgiu, e mijou sobre ela.
− Desgraçado!! Veja só
Pedro, o cachorro mijou na minha toalha.
− É? E o que você
sugere que eu faça?
− Mate-o!
− Tá louca? − Assim a
Sociedade de proteção dos animais, acaba me processando.
− E eu com isso! Você
que é culpado! Aliás, para que servem os Advogados? Deveria ter vigiado.
− Só faltava essa! Eu
ser culpado, pelo cachorro ter mijado na sua toalha. Tá bom!!! Pode falar a
vontade... Vou ali ao quiosque, comprar uma cerveja.
− Aproveite e traga
refri para as crianças. − disse a minha esposa.
Ao voltar, percebo uma
grande agitação em torno de minha esposa...
Cheguei agitado...
− O que está
acontecendo aqui?
− Essa mulher foi
golpeada na cabeça por um disco de frescobol. E está desacordada.
− Marilda, Marilda!!
Eu gritava, chamando-a
e ao mesmo tempo, despejava a minha preciosa cerveja sobre o teu rosto.
Logo, seus olhos
começaram a abrir e perguntou:
− O que foi que me
atropelou?
− Ora!! Você não foi
atropelada. Você foi atingida por uma bola
de frescobol.
− Estou zonza!
− Vou chamar os meninos e iremos embora.
Amanhã, é outro dia e viremos mais cedo.
− Não quero ir embora
agora... Só foi um pequeno acidente.
− Você é quem sabe...
Agora, vou ter que comprar outra cerveja.
− Mas você não tinha
ido justamente comprar a sua cerveja...
− Sim, mas quando
retornei você estava desmaiada. Aí, derramei-a no teu rosto, para que pudesse
voltar a si.
− Vá, compre a sua
cerveja e traga uns espetinhos de camarão.
Lá fui eu novamente
ao quiosque... Comprei a cerveja e três espetinhos de camarão.
Os meninos vieram
correndo ao meu encontro e cada um, tratou de pegar o seu.
− Marilda, este é
seu... Os outros os meninos pegaram.
− Acho melhor
voltarmos para a casa. Está armando um temporal.
− Bobagem, isso é só
chuva de verão.
− Papai, papai! − gritava em
desespero o Gabriel.
− O que foi menino?
− Estou sentindo uma
dor na barriga.
− Chi!!! Lá vem bomba.
− Eu também estou
sentindo dor na barriga. − gritou o Anthony.
− Marilda... Acho
melhor irmos embora... Não estou gostando nada disso...
− Ai... Ai... Tá
doendo muito. − diziam os meninos.
Marilda, indignada...
Levantou-se! Sacudiu a areia da toalha e recolheu alguns pertences.
− Vamos embora! Hoje,
já me aconteceu de tudo.
Não aguentei e
comecei a rir.
− Tá rindo de quê?
− Do nosso belo dia
na praia! − eu disse.
Ao retornarmos para o
carro, minha esposa, acabou pisando no coco de cachorro.
− Marilda, você acabou
de pisar no coco de cachorro. Você não percebeu?
− Hã?! − disse ela
espantada. Que merda é essa?
− Não aguentei e ri de
novo. É merda mesmo!! Rsrs...
fim
Autor: Carlúcio Bicudo - registro 337631 − livro 4 A)
Olá prezado amigo,
ResponderExcluirGrande, sensacional, magnífico... Gostei muito desse Conto; é instigante, atraente, criativo, hilariante e muito sugestivo. E foge muito pouco da realidade das "coisas". Meus parabéns!
Aproveito para agradecer o comentário elogioso que fizeste sobre o Prosas Poéticas e fico feliz que tenhas gostado.
Um abraço.