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sábado, 22 de dezembro de 2012

Descanso do Papai Noel - Conto ( Autor: Carlúcio Bicudo - registro 734854 - livro 3 A)



                                         Descanso do Papai Noel
                          Autor: Carlúcio O. Bicudo – registro 734854 – livro 3 A)


O bom velhinho, derreado de tanto trabalhar e embalar os presentes por ele confeccionados. Admitiu não ter força o suficiente para entregar todos os presentes antes do dia 25 de dezembro.
Mamãe Noel ficou chateadíssima. Depois de todo trabalhão, não termos condição de entregá-los. Não! Isso é imperdoável.
Tem que haver um jeito de entregarmos todos os presentes até a meia-noite do dia 25.
Papai e Mamãe Noel começaram a pensar numa solução para o problema.
Noel então, decidiu sair no final da noite, para procurar alguém que pudesse substituí-lo nesta tarefa.
Mamãe Noel não agradou muito da ideia, mas acabou por concordar.
O bom velhinho esperou o cair da noite, hora em que não está tão quente. Atrelou as renas ao trenó mágico e saiu pelo mundo em busca do seu substituto.
O velhinho viajou por diversos países da América do Norte, sem ao menos encontrar alguém em quem confiar tal missão.
Decidiu, então, descer abaixo da linha do Equador. Países de clima quente. Conjeturou... Mas quem sabe não dou mais sorte.
Puxou as rédeas do trenó e virou em direção a América do Sul.
Passou pelo Peru, Colômbia, Chile, Argentina e acabou por chegar ao Brasil.
Ao passar sobre os céus da cidade maravilhosa, viu muita cantoria, alegria e descontração. Aclarou parar em cima do telhado para ver do que se tratava.
Era um ensaio de uma tradicional escola de Samba. O bom velhinho lá de cima, ficou tão maravilhado com o requebrado das mulatas, e, com o som forte da bateria.
Que assim fazia: Te cutuco no cutuco... Te cutuco no cutuco... Te cutuco no cutuco...
Que tratou de amarrar as renas ali mesmo; trocou a tradicional roupa vermelha e desceu calmamente.
Já no chão, o velhinho ficou extasiado, com tudo que via e ouvia... Eram homens, mulheres e crianças, cheios de gingados. Pasmou... Ao ver até velhinhos como ele, cheio de energia... Opa!! Cogitou... Que tipo de dança é essa, que contagia e nos enche de energia?
Ficou empolgado, e procurou aproximar-se e ver ainda mais de perto. Todos consumiam uma bebida, que não conhecia... Caipirinha.
Como todos ali presentes estavam álacres além da conta. Julgou ser a tal bebida um santo remédio para o seu cansaço.
Objetivou experimentar! Hummmmmmm!!! Achou saboroso e refrescante. Deliciosamente leve e logo sentiu sua face tornar-se rubra e com uma calidez que subia pelo corpo.
Tomou uma, duas e três. E suas pernas já não podiam mais controlar. Elas agiam ao som daquela esfuziante bateria.
Em seguida uma das mulatas, nota 10, veio em sua direção e puxou-o para o meio do salão. Ele nunca havia sambado. Mas o que importa? A tal bebida, e o som inebriante da bateria, fizeram milagres acontecerem. Rsrs.
Cantou, pulou, dançou até altas-horas da madrugada. Até que súbito. Veio a sua reminiscência de que estava ali à procura de alguém para substituí-lo, na entrega dos presentes de Natal.
Encetou olhar em volta, na esperança de encontrar alguém com as mesmas características de um legítimo papai Noel.
Não foi muito difícil. Lá no canto da quadra, encontrou o suposto substituto. Agora, só faltava perguntar a ele, se lhe interessava o posto.
Bastaram apenas alguns minutos de conversa, para o futuro e bom velhinho topar a parada.
Chamou-o para prosear melhor lá fora. Ele ainda muito desconfiado e achando que se tratava de alguma piada, decidiu acompanhá-lo rindo. E sem-largar o copo de caipirinha foi seguindo-o até próximo ao prédio onde havia deixado às renas amarradas.
Ao ver as renas, o homem arregalou os olhos. Como não tivesse acreditando. E disse-lhe:
─ Pensei que fosse brincadeira.
─ Ahn?! Vai desistir? – perguntou Papai Noel.
─ Mas eu não conheço nada... Como vou poder entregar todos os presentes?
─ Quanto a isso não se preocupe. As minhas renas são mágicas e elas sabem o endereço correto de cada lugar onde entregar os pedidos.
─ Puxa!! – O senhor está brincando comigo, não é? Quer mesmo que eu substitua o senhor, neste natal?
─ Sim. Ando muito extenuado... Preciso de merecidas férias. Se você topar, vou ficar por aqui mesmo nesta terra abençoada. Já vi que aqui, tem de tudo o que preciso. Boa gente! Lindas praias e mulheres angelicais. Estarei num verdadeiro paraíso.
─ Agora, sim! Papai Noel, o senhor falou a verdade... Somos um povo abençoado por Deus. Rsrs.
─ Mas e aí? O senhor irá me proporcionar estas merecidas férias?
─ Se eu topar, o que vou receber em troca?
─ Realizo qualquer pedido seu.
─ Tá feito. Irei te ajudar nesta empreitada. Mas quero que o senhor faça com que o meu time fluminense, seja “Campeão” neste ano.
─ Tem certeza que é só este o seu pedido?
─ Sim. Tenho.
Tudo acertado entre eles. O substituto de papai Noel, partiu para cumprir com o seu novo trabalho. O legítimo papai Noel, fez o fluminense ganhar o campeonato. E depois tirou o merecido descanso, nas praias cariocas.
                               Fim



Um comentário:

  1. Obrigado pelo convite para visitar tua página, já a estou seguindo.
    Parabéns pelo conto. Agora, também Papai-Noel é brasileiro, rsrsrs.
    Um forte abraço e sucesso!

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